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CHEIA DO RIO MADEIRA
Distrito de Abunã terá que ser transferido

Data da notícia: 2016-03-10 10:27:11
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(Da Redação) A Secretaria de Projetos Especiais e Defesa Civil de Porto Velho (Sempedec) informou, em nota que ?todo distrito de Abunã terá que ser transferido para um local mais alto?. Na realidade, trata-se da sede do distrito, onde moradores estão sendo prejudicados após a construção da Usina Jirau.

O secretário da Sempedec, Vicente Bessa, explicou que a secretaria constatou, por meio de estudos realizados pela Agência Nacional de Águas (Ana), que o nível do lençol freático está muito elevado por causa do reservatório da Usina Jirau.

Ainda de acordo com Vicente Bessa, a elevação do nível do lençol freático prejudica as atividades agrícolas da região, uma das principais fontes de sobrevivência das famílias que residem no distrito.

Devido ao nível do rio Madeira ter ultrapassado 15 metros, o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB), decretou estado de alerta na cidade. Mas outra preocupação é com a segurança das barragens das usinas de Santo Antônio e Jirau, devido ao aviso de que há risco de rompimento.

A possibilidade de as barragens se romperem se tornou pública devido a insistentes pronunciamentos do deputado Léo Moraes (PTB), que encaminhava constantemente matérias aos veículos de comunicação, por meio de sua assessoria de imprensa.
Nas matérias, Léo Moraes citava declarações do doutor em biologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside, pesquisador de renome internacional que participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas, onde explicou a situação.

Philip Fearnside afirmou que as barragens das usinas do Madeira não foram construídas para suportar um volume de água tão grande. O pesquisador explicou que os estudos para a execução da obra foram feitos com base nas cheias ocorridas há dez anos. Naquele período as enchentes eram bem menores.

Audiência
Foi marcada, a pedido de Léo Moraes, audiência pública na Assembleia Legislativa de Rondônia no fim de 2015. Philip Fearnside veio a Porto Velho, mas a audiência não aconteceu porque o deputado viajou e não voltou a tempo. Ele teria perdido o voo.

Léo Moraes não encaminhou nota explicativa de a audiência pública não ter acontecido, apesar de as chuvas estarem intensas e do seu alerta de que as barragens poderiam não suportar o volume de água.

O Ministério Público Federal em Rondônia alertou que, em caso de rompimento de barragem, os trabalhadores teriam pouca ou nenhuma chance de sobreviver.
Agora, Léo Moraes remarcou a audiência para o dia 5 de maio, às 10 horas, no plenário da Assembleia Legislativa.

Mais uma vez o deputado citou declaração de Philip Fearnside, de que os vertedouros, que servem para escoar a água acumulada no reservatório durante o período de chuva, não possuem capacidade para enchentes no futuro. O parlamentar ainda não explicou se o pesquisador virá novamente a Porto Velho.

Com informações da Assessoria.

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